sábado, 28 de agosto de 2010

Gestão: A chave para inovação


Para inovar, uma empresa necessita criar um ambiente certo, uma cultura certa para inspirar as pessoas e potencializar suas mentes

Há alguns bilhões de anos uma sopa química deu origem a vida em nosso planeta. Antigas formas de vida foram ficando mais e mais sofisticadas por meio de três simples mecanismos (mutação, cruzamento e seleção), fantasticamente explicados por Darwin, em 1859. Alguns organismos começaram a desenvolver estruturas neurais, capacidade de se comunicar e de criar ferramentas. Desenvolvemos a capacidade do design, de criar o novo, também criamos a arte, a ciência e a tecnologia, com a qual dominamos todas as outras formas de vida. Com a capacidade de criar aceleramos ainda mais o processo e ganhamos escala.

Mudamos tudo a nossa volta e criamos um modelo de vida além do que os recursos do planeta seriam capazes de sustentar. Alguém poderia dizer: “É porque somos muitos!”, mas será que é por isto mesmo? Se compararmos a biomassa humana com a biomassa das formigas, por exemplo, as formigas pesam de três a quatro vezes mais que nós. Seria o equivalente a ter 30 bilhões de pessoas no planeta atualmente. Também, alguém poderia dizer: “É porque não tem dinheiro para todo mundo!”, mas será que é falta de dinheiro? Lembro-me do Ted Turner, criador da CNN, dizer que os trilhões de dólares gastos na guerra-fria seriam suficientes para todo ser humano viver no paraíso material, ou seja, não é porque somos muitos ou porque não temos dinheiro, mas sim pelo modelo de vida que escolhemos.

Podemos pensar a tecnologia, a comunicação e a competição do mundo atual como partes de um processo similar aos usados na seleção natural. A tecnologia atua como um mecanismo de mutação e constantemente gera novas possibilidades. A comunicação e a conectividade permitem a combinação de ideias equivalente a um mecanismo de cruzamento. E, por fim, a competição dos mercados atua como um grande processo de seleção, decidindo o que sobrevive e passa para a próxima geração. Uma dinâmica capaz de nos manter em constante revolução e de criar toda essa diversidade de ideias, produtos, serviços e experiências que estamos presenciando.

Darwin nunca disse que era o mais forte ou o mais inteligente que sobrevive, o que ele nos disse foi: “Quem sobrevive é quem está mais preparado para mudanças, ou seja, o mais adaptável”. Em um mundo de extrema competição como o que estamos vivendo, pessoas e organizações precisam aprender a se adaptar, cada vez mais rápido.

O que determina o sucesso de uma organização é a capacidade de atrair a atenção dos consumidores para as suas ideias, produtos ou serviços. E, para isso, é preciso se diferenciar. A essência da inovação é a busca pela diferenciação. A tentativa de deixar o cardume e buscar uma nova alternativa. Algo que, até então, não acontece na tecnologia ou em qualquer outro lugar, mas exclusivamente em nossas mentes. Uma capacidade que não dá para ser percebida pelo exterior. Não importa a idade, a origem, o sexo ou a cor da gravata, mas envolve a capacidade de navegar no problema sem se perder; modelar o todo e as partes, fazer as perguntas certas, nas horas certas; vencer aparentes contradições; manter a mente de criança; arriscar; e, assim, criar e contar uma nova história.

Conhecimento é a chave para abrir as portas da inovação e está diretamente ligado com a qualidade de nossas fontes e o treinamento intelectual que nos colocamos. Se procurarmos ideias radicalmente diferentes, nossa perspectiva precisa ser radicalmente diferente. Richard Feynman, ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1965, costumava dizer que se colocava no lugar de marcianos para se perguntar: “O que eles iriam achar se encontrassem tal problema?”

Para inovar, uma empresa necessita criar um ambiente certo, uma cultura certa para inspirar as pessoas e potencializar suas mentes a atingir todo seu potencial. Não adianta comprar máquinas, processos, sistemas e não trabalhar o indivíduo. Trata-se da tarefa mais importante para os líderes de hoje. Em inovação não existem fórmulas. Antes de criar as inovações, precisamos criar os inovadores.

Charles Bezerra (Diretor-executivo do Gad’Innovation. Possui Ph.D. em Design pelo Illinois Institute of Technology e trabalhou como consultor de inovação em vários projetos internacionais para empresas como Steelcase, Sabre Holdings e Marriott Hotels. Foi gerente de design para América Latina da Motorola e ganhou o prêmio de ouro no IDEA’08. Também é autor do livro “O designer humilde: lógica e ética para inovação”)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Avaliação dos Cursos de Graduação

Avaliação dos Cursos de Graduação
O Inep conduz todo o sistema de avaliação de cursos superiores no País, produzindo indicadores e um sistema de informações que subsidia tanto o processo de regulamentação, exercido pelo MEC, como garante transparência dos dados sobre qualidade da educação superior a toda sociedade.

Os instrumentos que subsidiam a produção de indicadores de qualidade e os processos de avaliação de cursos desenvolvidos pelo Inep são o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e as avaliações in loco realizadas pelas comissões de especialistas.

Participam do Enade alunos ingressantes e concluintes dos cursos avaliados, que fazem uma prova de formação geral e formação específica. As avaliações feitas pelas comissões de avaliadores designadas pelo Inep caracterizam-se pela visita in loco aos cursos e instituições públicas e privadas e se destinam a verificar as condições de ensino, em especial aquelas relativas ao perfil do corpo docente, as instalações físicas e a organização didático-pedagógica.

No âmbito do Sinaes e da regulação dos cursos de graduação no País, prevê-se que os cursos sejam avaliados periodicamente. Assim, os cursos de educação superior passam por três tipos de avaliação: para autorização, para reconhecimento e para renovação de reconhecimento.

Para autorização: Essa avaliação é feita quando uma instituição pede autorização ao MEC para abrir um curso. Ela é feita por dois avaliadores, sorteados entre os cadastrados no Banco Nacional de Avaliadores (BASis). Os avaliadores seguem parâmetros de um documento próprio que orienta as visitas, os instrumentos para avaliação in loco. São avaliadas as três dimensões do curso quanto à adequação ao projeto proposto: a organização didático-pedagógica; o corpo docente e técnico-administrativo e as instalações físicas.

Para reconhecimento: Quando a primeira turma do curso novo entra na segunda metade do curso, a instituição deve solicitar seu reconhecimento. É feita, então, uma segunda avaliação para verificar se foi cumprido o projeto apresentado para autorização. Essa avaliação também é feita segundo instrumento próprio, por comissão de dois avaliadores do BASis, por dois dias. São avaliados a organização didático-pedagógica, o corpo docente, discente, técnico-administrativo e as instalações físicas.

Para renovação de reconhecimento: Essa avaliação é feita de acordo com o Ciclo do Sinaes, ou seja, a cada três anos. É calculado o Conceito Preliminar do Curso (CPC) e aqueles cursos que tiverem conceito preliminar 1 ou 2 serão avaliados in loco por dois avaliadores ao longo de dois dias. Os cursos com conceito 3 e 4 receberão visitas apenas se solicitarem.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Plágio?????? Mas o que é isso mesmo???????



Oi gente.... já faz um tempinho que não escrevo no blog...
Estava com saudades :) :)

- Cefaliada... tenho ficado nesses últimos dias... mas sabes por quê?

Essa história do tão falando PLÁGIO!!!...
que assusta professores orientadores e orientandos...seja apenas para submissão de um artigo em congresso, defesa de uma monografia, dissertação e teses de doutorado.

Literalmente... Uma verdadeira confunsão, tudo isso...
E sabes o por quê?
Simplesmente por que para muitos, acaba sendo difícil definir o que realmente deva ser um PLÁGIO....

Bem...

Sabemos que os impactos da internet na educação seja em instituições públicas ou privadas, acontecem não só devido aos famosos "santinhos padroeiros" que muito ajudam nos dias de uma avaliação ( isso para quem gosta de colar ... :) :) ), que enfatizam uma certa continuidade aos plágios de toda um história acadêmica ( monografias, disssertações e teses).

Segundo uma matéria do New York Times, estudantes têm apresentado dificuldade para entender que copiar material de sites é plágio e deve ser punido.
Um estudante da Universidade de Maryland teria dito que material copiado da Wikipédia não precisa ser citado, porque não tem um autor fácil de definir e faz parte do conhecimento comum. ( olha só onde chegamos, gente!!!)

Queria tanto poder explicar a todos, que conteúdos e/ ou pesquisas secundárias e /ou bibliográficas, são pesquisas que devem ser apenas citadas ( para que não sejam consideradas como plágio), e que essas fontes devem ser seguras, e mais .... que não se deve pesquisar em qualquer site, pois as pesquisas de maior relevância se encontram, muitas vezes, nos sites das próprias IES, em que os futuros egressos e ou discentes se encontram.

É tão simples... a cada término de semestre temos novos egressos, novos mestres e novos doutores...
E como eles são aprovados?
Após defesa e aprovação do trabalho para uma banca examinadora ( composta por três ou quatro docentes), claro... Não é mesmo?

Então, nessa banca, o trabalho do discente é avaliado para que posteriormente seja aprovado. A cada término de semestre novos trabalhos são examinados e aprovados.

E... agora? onde devo pesquisar? além dos livros, revistas, periódicos e das pesquisas primárias, e outros?
Nas fontes relevantes, ok?
E quais são elas?
Onde se defende, aprova e publica ( IES, revistas, periódicos, congressos...).

Nas quais,devem ser analisadas e subsequentemente citadas, apenas.


Vejam essa outra matéria que encontrei.... sobre o Plágio...

Uma pesquisa da Universidade de Rutgers mostrou que 40% dos alunos admitiram já ter plagiado em trabalhos escolares. Os jovens estariam cada vez menos propensos a aceitarem que simplesmente assumir para si o trabalho de outro é algo condenável, e isso por vários motivos:
- a facilidade de reproduzir qualquer conteúdo digital,
- a diluição da idéia de direitos autorais pela troca ilegal de arquivos de música e vídeo,
- o crescimento da cultura de mashups e remixes, a proliferação de ficções escritas por fãs a partir de obras famosas e muitos outros motivos.
- A noção de que as obras precisam ter um ou poucos autores reconhecidos estaria em desuso.

Nessa matéria é possível perceber claramente que esses pontos se referem a dificuldade das instituições em usar e entender as ferramentas que a internet oferece aos jovens.

Um caso retirado do recente livro Cognitive Surplus (algo como “Excesso Cognitivo”), de Clay Shirky, ilustra a questão.

Na Universidade Ryerson, Estados Unidos, um aluno criou uma comunidade no Facebook onde seus colegas poderiam discutir questões e trocar respostas dos trabalhos apresentados.
A direção da universidade o bombardeou então com 147 acusações de plágio: uma por ter criado o grupo e uma por cada membro que teria copiado as respostas.

O aluno se defendeu alegando que sempre existiu o costume de se reunir em pequenos grupos para discutir os trabalhos, e o Facebook apenas reproduzia esse espaço na internet.

Os professores, por sua vez, diziam que era diferente: qualquer um podia chegar no grupo online e apenas copiar as respostas. Para Shirky, o autor do livro, os dois estão errados: o exemplo mostra apenas como antigas instituições estão despreparadas para se adaptar a novidades.

O Facebook é similar em muitos aspectos às antigas salas, mas diferente em vários outros. É uma situação nova, que joga os velhos costumes por água abaixo e força novos acordos entre alunos e professores.

E aí? quem deve ter razão????

Complicado demais tudo isso, visse?


Gil :)

SEMPRE ALUNA...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Negociação/ Foi bom para você? E para o outro?


Bom resultado da negociação depende da maneira como lidamos com as pessoas e da identificação dos interesses do cliente

Sendo a negociação feita de processos amorfos, conduzidos essencialmente por seres humanos, devemos destacar a importância do elemento confiança. Afinal, se não houver confiança, todos se sentem predispostos a ficar em posição defensiva em relação a outra parte, o que geralmente se transforma também em ataque. Essa relação acaba por criar um círculo vicioso, prejudicando sobremaneira a negociação.

Assim sendo destacamos a importância da comunicação. Fazer-se entender é coisa rara e exige conhecimento profundo da cultura do outro negociador. Vale notar que a comunicação é apenas uma parte da negociação pois sendo a mesma, por definição, um relacionamento bilateral é preciso empatia para fazer o outro lado nos ouvir e sermos ouvidos.

Além disso, precisamos realmente compreender o outro, e podemos fazer isso questionando: "deixe-me ver se estou entendendo o que vocês acabaram de dizer..." ou "nós vemos a situação desse modo... como vocês a veem?". Ressalto ainda que toda negociação depende, fundamentalmente, da maneira como lidamos com as pessoas, e essa forma é representada, na maioria das ocasiões, pelo que dizemos.

Todo processo de negociação envolve, por trás do lucro, interesses. Para um bom resultado na negociação, o negociador precisa tentar identificar e focalizar os interesses e reais objetivos do outro, e não apenas os mais visíveis.

Cito o caso de um gerente que tinha US$ 10 mil para contratar o serviço de um consultor, que cobrava US$ 20 mil: ambos sentaram e, francamente, discutiram seus reais interesses, que incluíam, por parte do gerente, limite de orçamento, tempo de execução e concretização do trabalho; já o consultor procurava obter lucro para suprir seus custos, definir projetos futuros a partir do atual e construir sua imagem. Esses são apenas exemplos do que pode estar envolvido em qualquer negociação. Assim "é preciso enxergar o campo da negociação de forma holística, tentando perceber o tangível e o intangível".

Os interesses

As partes negociam porque têm interesses a serem satisfeitos. É importante identificá-los para reconhecer os pontos de atrito que afetam o relacionamento durante uma negociação. Uma habilidade importante para qualquer negociador é saber tornar claro seu interesse sem indicar, necessariamente, a sua intensidade (exemplo: se ao negociar a compra e venda de um carro, o vendedor deixar transparecer que precisa muito realizar aquela venda para bater a sua cota, certamente isto irá influenciar o comportamento do comprador, endurecendo a negociação para obter uma vantagem maior).

Lembro ainda que o exercício perfeito dessa estratégia acaba por fornecer ao negociador o que chamamos de moeda de troca, possibilitando ao mesmo que utilize as variáveis que possam levar a um acordo.

Por fim, listo alguns dos aspectos que um negociador deve analisar para obter um "sim" como resposta. Dentre as questões podemos incluir a necessidade de separar as pessoas do problema. O negociador pode fazer isso pensando e agindo sempre na reação que pretende causar:

• Coloque-se no lugar do outro (processo e arte de fazer empatia);
• Ouça antes de falar (falar é ouro, mas ouvir é platina);
• Crie confiança e respeito (transparência e honestidade);
• Invista em um relacionamento produtivo.

Um detalhe: o negociador deve ser amistoso com as pessoas, mas firme com o problema. Firme, neste caso, significa apenas não abrir mão de seus interesses, e não considerar o fator que está a vista como inegociável. (Estamos falando da legitimidade, de tratar a outra parte com justiça).

Para ser objetivo e chegar a um consenso que leve à justiça na negociação, apresento alguns critérios que ambas as partes envolvidas na negociação devem adotar e seguir:

• Valor de mercado
• Precedentes de negociações anteriores
• Lei
• Reciprocidade
• Custos
• Eficiência
• Tratamento igual
• Parecer técnico

Algumas dicas para negociar melhor:

• Utilize a criatividade para julgar a situação e encontrar a melhor solução;
• Faça um brainstorming em busca de uma grande quantidade de opções;
• Entenda as diferenças entre as pessoas;
• Identifique interesses diferentes;
• Mensure o valor monetário da negociação;
• Faça previsões realistas de prazo de implementação, término etc; sempre considerando uma margem de segurança.

Cláudio Goldberg (Consultor Sênior do Instituto MVC em Negociação, Vendas Consultivas, Vendas no Varejo, Estruturação e Treinamento da Força de Venda. É professor da Fundação Getúlio Vargas, do Instituto Superior de Administração e Economia do Paraná, da Universidade Federal do Rio de Janeiro nos MBA de Gestão Empresarial e Marketing. Também é palestrante da Associação Brasileira de Marketing Direto e Associação Brasileira de Anunciantes)

Fonte: Instituto MVC (www.institutomvc.com.br)